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Lordose com desvios excessivos são tão comuns, mas ainda causam muitas dúvidas entre os pacientes.

Nos meus perfis de redes; venho escrevendo muito sobre a lordose, e tentando explicar mais sobre suas disfunções, e então pensei, por que não apresentar um conteúdo mais completo aqui no meu blog?

Antes de começar, vamos focar e deixar claro o que seria a lordose, pois muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre. Vamos lá?

A lordose é na verdade uma curvatura normal da coluna vertebral, dessa forma, não é algo que a pessoa adquire. O fato é que todos nós temos essa curvatura e ela se desenvolve logo no início da nossa vida nas regiões cervical e lombar, sendo até importante para auxiliar a distribuição das cargas que ocorrem sobre a nossa coluna.

O problema acontece quando essas curvaturas começam a ter desvios excessivos. Essas alterações na lordose cervical e lombar podem ser classificadas em dois tipos: retificação da lordose, que é quando a curvatura é reduzida e a hiperlordose, que é quando se verifica o aumento excessivo da curvatura para dentro do corpo.

Desta forma, podemos dizer que a lordose cervical é o posicionamento da cabeça para olharmos para o horizonte, o pescoço faz uma leve curvatura. São raras a hiperlordose dessa região, pois dessa forma a cabeça “cairia” para trás. Já a retificação da lordose cervical é bem mais comum, o pescoço fica mais alinhado a coluna para manutenção do peso da cabeça.

O quadro de hiperlordose lombar é quando há um grande desvio para dentro do corpo, essa situação costuma ser bem conhecida por conta da referida “síndrome do bumbum arrebitado”. Esse desvio pode resultar em dores fortes na região lombar. Há também os casos de retificação, ou lordose diminuída, em que ocorre a retroversão da pelve (bacia) e aí surge a “aparência de bumbum reduzido”.

É bem verdade que muitos dos desvios patológicos da coluna vertebral não possuem uma causa conhecida, porém nos casos que é possível diagnosticar; podemos citar a origem a partir da genética, ou ainda, pessoas que a desenvolvem ao longo da vida, isso a partir de alterações musculares, ósseas ou neurológicas do próprio organismo. Temos também fatores, como a má postura e a obesidade, que podem gerar sérias lesões na coluna.

Alguns dos sintomas que entregam que algo não vai bem são as dores nas costas, dificuldade ao se abaixar, dificuldade para carregar peso, dores no pescoço, formigamentos, flacidez e fraqueza nos músculos da área da barriga.

É bom ressaltar também, que seja qual for o desvio na coluna, isso pode comprometer a mobilidade da pessoa, dessa forma, ao menor sintoma e incômodo é recomendado que se procure um médico. Muitos tratamentos levam em consideração o estado clínico e a idade do paciente. Depois de diagnosticado o desvio, em grande parte dos casos, é recomendado o tratamento com técnicas de fisioterapia. O RPG – Reeducação Postural Global – é a mais comum com seus exercícios de alongamento e fortalecimento muscular para correção dos desvios.

Para as dores, alguns medicamentos às vezes também são indicados. Anti-inflamatórios, analgésicos e relaxantes musculares são alguns deles, mas lembre-se, jamais tome medicamentos sem a prescrição do seu médico e viver com remédios não é uma opção, opte pelas técnicas de fisioterapia, mas jamais tente fazer qualquer exercício sem o acompanhamento do profissional.

E saiba, não existem acessórios milagrosos, então, nem pense em fazer o uso por vontade própria de adesivos, coletes e cintas que prometem a solução imediata para dores, essas atitudes apenas agravam o seu problema, somente o seu médico ou fisioterapeuta está apto a passar lhe esse tipo de indicação.

Gostou do texto? Espero que tenha sido esclarecedor.
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